Sim, eu sofro por amor.
Mas isto não me faz triste. Sofro por que sinto meu peito
arder em chamas quando penso em você. É como se as lavas de todos os vulcões me
cobrissem o corpo e me desmanchassem, me transformando em uma porção ínfima que
escorre pelo mundo, mostrando que ali esteve.
Arde com tanto calor que inflamam as veias e saltam e gritam
por teus toques e resfriam-se em seguida na geleira do seu sentimento. Geleira
que nunca será suficiente para apagar o brilho que reluz e emana do centro do
meu coração. Luzes que se assemelham aos raios do sol de tão fortes e calorosas.
Assim é meu amor por você.
Sofro quando espero para vê-lo chegar e passar pela porta
para me beijar ardentemente e juntos nos jogarmos em nosso deleite galáctico,
rodeados de estrelas e luzes, mas que por vezes nos mal conduz, levando-nos a
buracos negros que o sugam e o levam pra longe de mim. Tento segurar suas mãos
para que não nos percamos, mas você as parece recolher para que eu não as alcance.
E sofro novamente ao ver você se perder em uma via que não conseguirei mais
localizá-lo. E assim, para onde irá todo o amor que tenho por você? Devo eu atirá-lo
no mesmo caminho que tomou, na tentativa de que ele o alcance e que você o leve
para sempre como seu companheiro? Ao menos meu amor estaria consigo!
Sim, eu sofro por amor! Sofro por não poder amá-lo e por
saber que é tanto amor que em mim já não cabe. Dedico-o parte a mim, mas ainda
assim sobra tanto que chega a transbordar. E não vou, não, atirá-lo em sua
direção como eu achava que deveria, afinal, ele pode não chegar até você e
assim se perder, e, mais uma vez, eu sofrerei por amor. Sofrerei pelo amor que
será jogado em vão.
Sofro sim pelo amor que poderia dividir com você. E por mais
que ele seja compartilhado com outros milhares hoje, me sobra tanto que a única
pessoa que me vem à cabeça para recebê-lo não o pode fazer, ou não o quer... Já
não importa mais.
Sofro sim, pois a única coisa que sei fazer é amar. Amar é
minha sina, é meu prazer e também meu algoz. É como ver nascer o sol em uma
bela manhã de Outono e de repente sentir minhas retinas secarem de tão resplandecente
momento. Assim eu amo, e assim é que sei amar.
Se este amor for uma doença, que assim seja até os últimos
raios que me iluminam o caminho, pois se amar é uma doença, então dela sofrerei
e por ela sofrerei, até que em mim já não reste uma gota de amor para dedicar a
você, Mundo. Meu Mundo.
Sim, sofro. Sofro por amor por sofrer de amor. Mas assim não
fosse, sofreria de tristeza por não poder amar. Afinal, como diz a canção: O
que seria de mim sem ti, Amor?
Que lindo, meu baby! Que lindo! Que triste, e que lindo!
ResponderExcluirO amor enobrece quem o sente, alguém já disse...
Eu aceito esse amor todo, não tem problema. Se não couber em mim, divida com outros amigos, eu não sou ciumenta hahahahahahahahahahahaha até parece.
Vai passar. Dói, mas passa.
Saudades, baby.